Sacolada Cast │ Shiki Oriori: O Sabor da Juventude - Analise

Shiki Oriori: O Sabor da Juventude / Si Shi Qing Chun



Produzido pelo estúdio CoMix Wave Films, o mesmo responsável pelo longa Your Name (Kimi no Na Wa), Shiki Oriori: O Sabor da Juventude, é mais uma produção original da Netflix. 

Teve como data de estreia mundial 4 de agosto de 2018, e é um filme com uma duração de 1 h 14 m, tendo como gênero drama, romance e uma pitada de nostalgia e reflexões.




O filme, e dividido em três partes, tendo cada um seu próprio diretor, e todos ambientados na China.


Bem, o filme começa com a primeira história “O macarrão de arroz” o que dá nome ao filme provavelmente, ou também chamado de Bifun San Xian.  Dirigido por Jiaoshou Yi Xiaoxing. 

A história se inicia com o jovem Xiao Ming, que anos longe de sua terra natal, passa a lembrar de sua infância e adolescência, associando a algo que marcou sua vida o inesquecível macarrão Bifun San Xian. 

Um típico prato chinês visivelmente muito saboroso e que possui um processo de preparo bem delicado, o que é bem mostrado e enfatizado nesta primeira parte, pois cada parte desse preparo e ingredientes é narrado pelo personagem principal do enredo. 

Além das lembranças desse período com sua avó, com quem divide grande parte dos momentos, pois é ela quem o cria enquanto seus pais trabalham. 

Agora em meio a sua vida adulta monótona e de toda essa nostalgia que ele descreve, é que recebe uma ligação que o fez regressar a cidade natal e reencontrar as suas lembranças e aflorar novamente os momentos felizes de sua vida.

Já a segunda história “Nosso Pequeno Desfile de Moda”. Dirigido por Yoshitaka Takeuch.


Muda totalmente de cenário. Passa a contar a história de uma modelo consagrada a Yi Lin, e de sua irmã Lu Lu uma estilista muito talentosa, ela é sua única família, a quem sempre cuidou após a morte dos pais. 

Apesar de terem uma certa ligação com a moda as duas possuem personalidades bastante diferentes. 

No decorrer da história Lin passa por uma crise quanto ao seu envelhecimento na profissão, o que acaba abalando e trazendo problemas para a relação com a irmã. 

Apesar de ser uma história um pouco “rasa”, porém, agrada muito pelo carisma e fluidez dos personagens ao decorrer do filme. 

Além de trazer uma reflexão que está presente na vida de muitas pessoas, onde não é apenas o trabalho e o sustento de coisas materiais que são importantes mais também o afeto, amor e o carinho que realmente importa.

E a terceira e última e nem por isso menos importante “Amor em Xangai”. Dirigido por Li Haoling.


O roteiro se desenvolve em torno de Li Mo um garoto com sonhos, dois amigos inseparáveis e um gravador, que acaba se tornando um arquiteto frustrado que decide deixar a casa dos pais e morar sozinho, porém essa decisão se dá por um grande mal-entendido no decorrer da história. 

E que só durante sua mudança, em que ele vai se lembrando de toda sua juventude, que Li encontra uma fita que o faz lembrar de seus amigos e em especial a saudade de Xiao, por quem sempre nutriu um grande sentimento, que o faz atravessar uma dolorosa jornada de lembranças e nostalgia. 

Das três histórias esta é a que mais envolve e tem um contexto mais profundo emocionando e envolvendo o espectador, eu diria que uma história para desfecho muito bom.

minha opinião.

As histórias contadas de Shiki Oriori, o que as torna em comum é a nostalgia e a dificuldade de manter laços comuns que formamos na infância e adolescência, além também da importância desses laços familiares, mostrando de forma concisa e direta a vida adulta como realmente é, de certo modo um apelo emocional e bem conduzido em todo o longa.


Todo o contexto das histórias tem como “chroma key”, o crescimento industrial e tecnológico, principalmente na primeira e última história, que caracteriza isso muito bem, mostrando a influência sobre a vida dos personagens direta ou indiretamente em suas tradições e memórias afetivas.

Shiki Oriori é bonito, reflexivo e conta com uma produção impecável, que pelo que andei observando, marca registrada do estúdio, toda a animação e traço não decepcionam, também a sonorização que casou perfeitamente com o todo o longo. 

Ah, e não deixando de ressaltar um ponto importante: não deixem de ver o pós-credito! Se por algum acaso se interessar e queira assistir, por conta deste post, deixe aqui seu comentário sobre esse final ;3 para que possamos interagir sobre esse pós-crédito que particularmente me surpreendeu. 

Enfim... considero uma ótima indicação para um dia frio rsrsrs, e recomendo bastante para quem curte algo mais cultural, emocionante, rlx e reflexivo. ;) 

Obrigado por lerem, deixe seu comentário logo abaixo, isso nos motiva muito!


                                                                                     Autor(a): Stheffany Pinheiro

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